sábado, 16 de julho de 2016

Eu não nasci pra isso.

Carlos Drummond tá certo, a vida é exatamente como n´A Quadrilha.

Mas eu não nasci pra isso, eu não tenho estômago pra isso. Não consigo ser assim, não consigo me adaptar a isso. Não consigo lidar com indiferença, não consigo fingir indiferença.

Também não consigo lidar com o fato de que eu devo fingir que não me interesso em tese para que eu possa gerar em outra pessoa algum interesse.

Eu não nasci para um mundo onde as pessoas incitam, provocam, causam sentimentos para depois simplesmente fingirem que não nada foi dito, nada aconteceu.

É cansativo, é exaustivo, existe um desencontro geral, tanto na Quadrilha, quando na minha vida.

A modernidade líquida não é pra mim.


domingo, 13 de dezembro de 2015

Sobre amores de uma noite

Eu, que andava descrente nesses encontros casuais, porém ainda mais descrente nos duradouros; recebi um presente da vida.

Estava em um lugar, com toda minha descrença, com todo meu ar de quem tudo sabe e nada mais me surpreende; e fui surpreendida justamente pela pessoa mais desalinhada. Cada olhar, sorriso e conversa - que por vezes nao fazia menor sentido, mas em geral era mais sensata do que de metade das pessoas que ali estavam - faziam com que eu desmoronasse e pouco a pouco todas minhas certezas  se convertiam em viver intensamente aquele momento.


Era tão recíproco, de uma forma tão  bonita, que parecia que não havia mais nada em volta  apenas  eu, ele e a música. E cada conversa, e cada olhar. E toda conversa que antes era meio papo de bêbado de repente ficou interessante. Cada elogio  que antes estava sendo levemente chato e insistente de repente foi correspondido com aquele clássico  sorriso bobo.

Com o passar da noite as danças,  o tato, as frases foram saindo mais naturalmente, e tudo fluía maravilhosamente bem desde "o que você vai fazer amanhã?" até "aonde vc estava que não te conheci até hj?".

Como num passe de mágica,  da mesma forma que ele surgiu ele se foi. Sem deixar sobrenome, telefone ou endereço.  Sem deixar mais dele e talvez essa seja a melhor coisa que poderia ter acontecido.


Talvez a vida tenha me dado essa experiência para que eu entendesse de que ainda é possível criar conexões mentais e físicas. Mesmo que por uma noite.

Eu fiquei aqui dias sonhando com esse estranho, que eu (talvez) nunca mais verei, mas ainda assim achei que foi a melhor coisa que poderia ter ocorrido para me sacudir e fazer com que eu me deixe acreditar.


domingo, 21 de junho de 2015

"The girl playing the banjo" or "bad luck/good luck"

Eu estava no parque e resolvi ir para o centro pois sabia que estava rolando um festival  na Dunda's square. Ao chegar no centro, parei em um Tim Hortons para tomar um café  e usar o wifi. Todo meu trajeto no parque  eu estava ouvindo música, então  quando comecei a usar wifi minha bateria acabou e eu fiquei super mal humorada.

Eu queria tirar fotos do centro e de algumas coisas que via no caminho. Aí fiquei me sentindo azarada pela bateria  ter acabado no meio do rolê. Fora que a partir daquele momento não teria mais música nos meus ouvidos.

Comecei a andar pela Dundas e ver as coisas e pessoas e vi  que estavam distribuindo uma garrafinha de Coca Cola  especial dos jogos Panamericanos. Pensei que sorte e azar aquilo, pq eu estou tentando me manter light aqui  e pessoas me dão  coca cola gelada grátis na rua!!!

Já  eram umas 17hs e apesar de ainda estar super sol (anoitece la pelas 21hs) eu estava cansadona e resolvi  pegar o metrô pra ir pra casa. Hoje teve jogo de baseball  e tinham mtos torcedores com camisas de times e tal. Quando eu fui trocar a linha do metrô, fiquei meio perdida hahaha.... estava na plataforma esperando o metrô e de repente ouço  um banjo tocando....

Fui atrás  do som e uma moça  com uma linda voz, uma mochila e um cachorro estava mandando um folk muito lindo. Fiquei  encantadíssima com o som dela e simplesmente  fiquei ali ouvindo. Tinha um potinho com agua pro cachorro e ela era super gentil com o dog e com as pessoas quando davam moedas.

Quando ela terminou a música eu fui la levar uma moeda (espero q não  tenha dado nenhuma moeda brasileira hahaha) e conversei com ela, falamos sobre banjo  e músicas  em geral. Elogiei ela, perguntei se ela estava com sede e dei a Coca cola recém  adquirida. Ela ficou realmente  feliz com isso.

Enfim, era uma pessoa muito talentosa, aquelas com a voz doce e forte ao mesmo tempo. Fiquei meio assim tb de nao ter bateria para filma-la mas quem sabe não a vejo de novo durante o próximo  mês.  Fiquei mais um pouco conversando e até  sentei do lado dela pra ouvir ela tocar mais uma música.

E aí  quando ela começou  a tocar, era uma linda música que eu me arrependo de não  ter perguntando o nome.... surgiram várias  pessoas, muitas muitas mesmo, dando moedas.... ela gargalhou dizendo que eu e meu trevo estávamos  dando  sorte a ela. E que nessa última  música  havia ganhado mais moedas do que  nas últimas  3 horas.

Quão  bom é  transmitir boas energias para uma pessoa?
Eu fiquei  muito feliz de ter ouvido ela e sei que se a minha bateria não  tivesse acabado eu não teria a ouvido e nem a visto.  Eu precisava me desconectar um pouco para poder me conectar a alguém. 
Ficou a dica do destino para mim . Vou dar um tempo dos fones     :)

News from Toronto

Heyyyy resolvi  escrever o q ando passando aqui, assim guardo  o sentimento pra posteridade  aqui e ainda o divido com quem passar por aqui :)

Estou aqui desde sábado  de manhã, e hoje foi a primeira vez que saí  sozinha  e puxa..... Há  muito tempo eu nao saía  sozinha assim meio sem rumo. Mas está  sendo interessante.

O vôo  durou umas 10horas e foi extremamente  cansativo. Entrei no avião   as 20hs de sexta e desembarquei às  5h30 da manhã  (por sinal já  estava claro aqui!!!!)

Dois brasileiros foram me buscar no aeroporto  e isso foi super demais, eles me deram várias  dicas de passeios e do transporte público  daqui.

A minha homestay é  simplesmente super limda, meu quarto  super aconchegante e a hostfamily super agradável, eles são  filipinos  o q tornou a comunicação  um pouco complicada, mas nos viramos bem. 

Ontem fui passear pelo centro para conhecer o caminho e a escola onde estudarei. O centro super legal e as coisas pra comer bem baratinhas (especialmente as porcaria tudo haha)

O metrô sinceramente não  surpreende, onde moro pego um ônibus  para chegar até  a estação  de metrô. Ah os ônibus  são  legais, avisam onde fica o próximo  ponto, isso e otimo para  pessoas perdidas como eu. Fora que existe um aplicativo no maior estilo "cade o ônibus" avisando  quanto tempo o ônibus  vai demorar.

A cidade  é  extremamente limpa e cheia de árvores, tudo bem bonito.

Domingo de manhã  a hostmom me preparou  ovos e bacon e colocou um paozinho e um iogurte. Fiquei sem graça  de recusar, mas nao ia conseguir  comer ovo e bacon as 9 da manhã.  Pedi desculpas e falei da dieta e tal haha.

Depois ela veio me dar um monthly pass pra eu andar hoje, pq ela nao o usaria. Aí  eu resolvi  vir ao HighPark que é  um parque super lindo e enorme, no oeste de Toronto. É  aqui que estou agora.

Vejo gente do mundo todo aqui, isso me faz me sentir super em casa, lembra  mt São  Paulo. 

Seguem fotos desse lugar q eu mal conheço  e já  considero pacas....

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Frio na barriga

Eu fui entrar na playstore pra baixar o app do blogger e foi aí  q vi que já  tinha  isso aqui.  Que curioso!

Estou me sentindo muito nervosa e por vários  motivos. Minha vida parece distante de ser algo tranquilo, tenho tudo por fazer e ainda estou cansada demais para colocar algumas coisas em prática.

Fiz 27 anos e me sinto no olho do furacão, com mudanças  acontecendo diariamente na minha vida. Engraçado, pq eu sempre achei q a essa idade eu já  teria certa estabilidade na minha vida. Que  bom que errei.  A vida é  o olho de um furacão  e penso que preciso me deixar passar por isso.

Meu coração  está  a mil, e é  tão  gostosa essa sensação de mistério  que permeia meus dias. Quero tudo e nada. Quero um fim de semana so pra dormir. Quero sair logo daqui. Penúltimo  dia de trabalho antes das férias  \o/

quinta-feira, 9 de abril de 2015

A necessidade do desapego

Quando você  vive uma situação  e não  quer sair dela.

Você  se mantém  naquilo mesmo  sabendo que é  errado, sabendo que no futuro  vai sofrer mais.

Essa é  exatamente  minha situação  agora, aqui na minha cama. Não  quero sair daqui  nunca mais. 😢