sábado, 26 de dezembro de 2009

"y aprendí a quitarle al tiempo los segundos ...."

Eu tinha preparado um longo texto falando de 2009, que eu escrevi no último dia que fui a faculdade. Escrevi também, entretanto, outra coisa "Será que podemos fazer com que os últimos 15 dias sejam tão (ou mais) válidos que o ano inteiro?"
E ainda bem que eu me perguntei isso, pois essa última semana pra mim foi bem proveitosa, conheci muitas pessoas, conheci pessoas de muitos lugares onde eu nunca estive e talvez eu nunca irei, e vivi momentos que talvez eu não os viva de novo, por isso desfrutei deles como se minha vida fosse acabar lá, naqueles dias, nestes dias, nestes momentos.

Mal dormi, mal comi, mal tive dinheiro, pois tive problemas com meu cartão (pior é pensar que eu não estava devendo pra ninguém, mas sim não conseguia usá-lo por outros motivos). A vantagem é que depois do último dia da faculdade e do último dia que eu fui ao trabalho antes do meu pequeno recesso de fim de ano, eu simplesmente apaguei tudo da minha memória: faculdade, frustrações do passado, emprego, contratos, alugueis a pagar, etc. E assim vivi uma coisa intensa, livre desse tipo de preocupações, com outras preocupações, mas enfim, foi bom viver um tempo em outro ritmo, outro ar, outra perspectiva.

E uma das coisas que eu descobri nos últimos dias de 2009, é que todas as coisas que eu punha em questão nos meses anteriores, inclusive nos últimos textos que coloquei aqui, acabaram se encerrando e hoje eu não quero sequer reler mais esses textos ou pensar nessas minhas crises de 2009. Foram muitas crises de origens semelhantes, mas hoje consigo olhar pra trás e ver que de fato ficou para trás.

E de 2009 (e dos últimos dias desse ano, inclusive) ficou em mim que o tempo não se faz da forma como diz no calendário ou nos filmes. O tempo é uma coisa muito mais louca do que o mês que tanto trabalhamos para pagar o aluguel. Tempo é uma coisa que varia muito além da contagem dos minutos, das horas e dos dias. De repente me dei conta que muitas vezes a gente constrói uma relação de meses, as vezes anos e estas não são tão intensas quanto relações de uma semana, de poucos dias, que nos marcaram (e nos marcarão) para o resto dos nossos dias! E isso foi - de certa forma - uma surpresa muito agradável na minha vida.

Estou com sono, pois voltei da viagem muito gripada com febre e tudo mais, mas apesar a gripe (juro que não é suína) afirmo que aproveitei muito bem esses dias fora dessa loucura que é São Paulo!



"Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me dio el corazón que agita su marco
cuando miro el fruto del cerebro humano,
cuando miro el bueno tan lejos del malo,
cuando miro el fondo de tus ojos claros.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la risa y me ha dado el llanto,
asi yo distingo dicha de quebranto
los dos materiales que forman mi canto
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos que es mi propio canto."


E quanto a 2009?
Agora só resta tocar um tango argentino!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

das certezas incertas

engraçadas as coisas que escrevemos quando nos deixamos levar por um sentimento forte que parece não ter mais fim. Parece que tudo faz sentido e que as coisas conspiram pra algo acontecer.

Os apaixonados escrevem "não foi por acaso que tropecei naquela banana e você me ajudou a me levantar, era pra ser pra vida inteira" ou ainda escrevem "nós nascemos um pro outro, a vida de verdade é com você".

E eu falo isso pois eu fui uma dessas pessoas que de repente tinham toda a segurança do mundo de que faziam a coisa certa, e se entregavam de corpo e alma para mais uma coisa que um dia vai doer pois a única certeza que temos na vida é que tudo é incerto.

Um dia eu ostentei uma frase como se ela fizesse todo o sentido do mundo "fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho". Hoje eu luto pra provar pra mim mesmo que o Tom Jobim estava errado, apesar de eu gostar tanto do amor e das coisas que ele traz.

Acho que precisamos levar uns tropeções desses pra aprender. Acho que ja estou mais madura quanto a isso. Ou não.



Música do momento:
"Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara"


p.s.: esse blog virou um centro de desabafos... acontece! vai mudar um dia. talvez quando eu mudar e não tenha nada mais pra desabafar ou quando eu começar a falar pras pessoas o que me aflige ao invés de ficar escrevendo no computador.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O prender-se da liberdade

Em um dia que eu corria pra pegar o ônibus (talvez o transporte público seja meu maior momento de reflexão) eu pensei em quão atrelada em minha vidinha estou. E nessa de acordar, trabalhar, estudar, pagar as contas, lavar a roupa, comprar comida, lavar a louça, cozinhar.... todas essas coisas, cada uma com sua intensidade, tem tomado meu tempo e minha mente, assim como todo meu tempo livre eu uso para descansar e tentar estudar. Nem sempre consigo.

A vida não é mais que isso? Ou será que vencer a vida é conseguir pagar as contas e ter um certo bem estar? Ou é ter status na sua carreira profissional por conquistar algo que você passou meses, ou anos ou semanas correndo atrás sem nem respirar? Ou casar e ter filhos correndo pela casa até que eles cresçam, e sejam sustentados até chegarem a vida adulta e ser a vez deles de iniciar esse ciclo que nos consome e nos puxa para um buraco negro? Será que é isso que temos que fazer aqui? isso é vencer no mundo?

Muitos pontos de interrogação passaram por mim hoje. E eu lembrei de quantos ideais eu tinha durante a adolescência e o quanto tudo isso foi sendo colocado em uma gaveta no meu cérebro para dar espaço a preocupações de como pagar o aluguel e como sobreviver a mais um mês nessa vida.

E de repente tive vontade de romper com tudo isso, toda essa parafernália que me consome e me cansa cada dia mais. E quiçá viver por algo que eu realmente me interesse e que eu queira ser alimentada por isso.

E viver por isso.

E crescer por isso.






segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Samba no pé...

Certa vez ouvi em um filme uma frase parecida com "lentilha é como jazz, a gente não gosta mas tem que comer de vez em quando pra ver se não resolve gostar"

Sempre achei bonita a frase, e apesar de eu gostar de jazz, sempre me passou meio atravessado o samba, aquele pandeiro, o bumbo, o cavaquinho, nunca fui muitoo fã. Mas sempre gostei do mpb brega. Aos poucos eu fui mudando meu gosto e hoje (exatamente hoje) eu me dei conta que o toque do pandeiro, o ronco da cuíca e todo o molejo brasileiro fazem com que meus pés fiquem inquietos e fazem meu coração bater no ritmo da música (que brega, resquícios do mpb brega q eu gosto).

Tal como a lentilha e o jazz, hoje em dia eu provo e aprovo o bom e velho (o velho) samba.

Eis aqui minhas recomendações do momento:








post pra não deixar o blog às traças....
até mais caros (3) leitores! =)

sábado, 19 de setembro de 2009

Post da garota de 17 anos.

28.11.2005


Então é natal...
Um belo dia fui a um shopping perto de algum metrô daquela tãoo populosa cidade. Apenas passear, deixar a tarde passar. Ainda era início de novembro, no entanto os enfeites de natal já se sobressaiam pelas lojas e pela decoração de todo o shopping.
Ao observar todo ese clima natalino, pus-me a pensar em presentear as pessoas mais próximas a mim. Enquanto pensava, aproveitei que estava no shopping e fui conferir os preços.
Em uma loja X, encontrei um presente Y, para a queridíssima pessoa Z, que custava W reais. Fiquei extremamente feliz, havia achado o presente ótimo, surpreendente, entrando despretensiosamente na loja X, sem intenção de encontrar Y, que era um presente perfeitamente cabível. Quando perguntei o preço e a vendedora respondeu W, pensei "esse mesmo!" Tudo isso me deixou bastante empolgada com o fato de o Natal estar chegando ainda mais porque Z é alguém que eu amo e quero presentear da melhor forma possível.
Não comprei o presente pois imaginei que, se comprasse, estaria me precipitando, afinal faltava mais de um mês e meio para o natal. E como o bom brasileiro, eu queria comprar um pouco mais em cima.

.... bom, o tempo passou...

Faltando 25 dias para o Natal, começo a pensar sobre o presente Y. Resolvo ir à loja e comprá-lo, temendo que na semana do natal (a semana que eu realmente tinha a intenção de fazer as compras de nata) o presente que eu queria já tenha ido-se embora pra Pasárgada.
Chego a loja X, e o que eu temia aconteceu: o presente Y já fora vendido. Entrei lá e perguntei se não havia no estoque, se não podiam comprar outro se não ia chegar mais, mas nada....
Todavia, havia um presente G, que era parecidinho com Y, mas era mais "feinho". Era um... genérico. Comecei a pensar que afinal... quem não tem cão... no minuto seguinte vi que o preço de G era superior a W o que me deixou com mais raiva ainda.
Saí da loja X, triste, pensando que eu nunca mais encontraria um bom presente para Z, pelo menos nãotão bom quanto Y.
Fiquei tão triste comigo mesma que após 10 minutos surgiu um sentimento de auto-piedade. Como se uma criancinha estivesse soluçando de tanto chorar e seu pai com dó comprasse a barbie mais cara para ela parar de chorar.
Entrei em uma livraria pronta para comprar o último lançamento de uma popular escritora britânica, livro que é o último de uma série de muito sucesso entre crianças, jovens e adultos. Nem pensei duas vezes, fui seca no livro e entrei no caixa com uma grande segurança do meu dinheiro e tudo mais.
Quando estava na fila do caixa pensei melhor e resolvi comprar depois (ou pegar emprestado com alguém rs), o meu sentimento de auto-piedade e meu bolso, ficaram satisfeitos apenas com um mousse de chocolate.





P.S.: Adoro ler meus antigos textos. Esse eu achei bem engraçadinho com essa confusão que eu criei com X, Y, e Z... rs.... mas ficou interessante. Achei em um caderninho de ouro com vários textos meus cheios de sonhos fantasias e ilusões daquela menina de 17 que possuía no coração (e na mente) mais sonhos e coisas doces que realidade. Não que a de 21 não seja sonhadora também, mas esta última vive muito mais o mundo real. fazer o quê.



quarta-feira, 16 de setembro de 2009

... e continuar vivendo...


Em um corriqueiro dia.... dia comum, dia cinzento, dia de trabalho, dia de semana.... eu acordei para ir ao trabalho e simplesmente me dei conta de que as coisas em minha vida caminhavam bem. Talvez não exatamente bem mas iam a uma direção que não parecia estar desmoronando, como há uns dias atrás.


Claro, continuo semi-falida, confusa, desarrumada e bagunceira. Mas ainda assim comecei a me sentir bem ao pensar em como seria meu dia naquela manhã cinzenta ao ir para o trabalho.
E pensei o que eu faria, quem eu veria, com quem conversaria. Com quem evitaria conversar, que problemas eu tentaria solucionar (ou não). E veio aquele conhecido pensamento de que mesmo antes do dia passar, eu já estava cansada. Mas uma canseira não tão ruim.

Dessa vez penso, não nas pessoas que me fizeram sofrer, não nos sentimentos que fazem eu me sentir mal. Mas sim naqueles que me fazem bem e que eu quero que me façam cada vez melhor.
E contrapondo ao que eu escrevi no "post sem rascunho" dia 5 de agosto, volto a olhar para as pessoas, e a notar que elas olham para mim. E olho elas me olhando. Parece que tudo começa de novo. E vejo que muita coisa que acontece são conspirações e que talvez 70% das coisas dependem da forma como você as encara.

Talvez a tempestade dentro de mim tenha passado. Talvez esteja passando, talvez vá passar logo mais.

Mas a primavera sempre traz uma esperança no meu coração.

E chega de escrever coisas melancólicas. Agora começa uma nova era n´A sacada da casa. Sem "querido diário". E com finais em que do pranto fez-se o riso, e não o contrário.



"Tão bom morrer de amor
E continuar vivendo!"
Mario Quintana


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

da carta encontrada ao fundo do baú e não enviada...

"Nada é por acaso. Isso não é o acaso."






Tenho crescido, evoluído. Tenho involuído. Tenho visto diversas pessoas, diversos lugares. Diversos modos de vida totalmente diferentes do que os que eu já vivi anteriormente. Aprendi a rir de mim mesma. Aprendi a desapegar das coisas.
Aprendi a não me apegar aos amantes, mas sim aos amigos. E me apego cada dia mais a eles e me desapego cada dia mais a coisas que imagino que me farão sofrer. Certa vez ouvi de você que só devemos esquentar a cabeça com algo que valha muito a pena. Tenho visto pessoas se esvaírem de raiva com coisas pequenas. Tenho tentado fazer com que isso (os pequenos problemas) entre por um ouvido e saia pelo outro. Nem sempre consigo.

Ultimamente tenho conversado com diversas pessoas. Tenho discutido com algumas. Não tenho brigado com ninguém. Tenho concordado um pouco, visto que sempre procurei ser compreensiva. Entretanto também tenho discordado muito, visto que também sou meio rebelde. Algumas vezes concordo querendo discordar, pois é assim que temos que fazer.

Tenho pegado muito trânsito ao ir pro trabalho, especialmente naquele fatídico corredor de ônibus. Fui assaltada mas depois fiquei mais espertinha, apesar da minha cara de otária. Tenho andado muito de ônibus, mais do que de metrô. E em todos, sem exceção, eu durmo. Tenho corrido atrás de ônibus. Tenho corrido.

Continuo no aperto quando o mês vai acabando, e ai economizo nos passes, no bandeijão e em tudo mais. E sempre me prometo economizar no próximo mês. Mas nunca consigo. Tenho começado regimes, e furado como sempre.

Tenho feito amizade com alguns vizinhos. Tenho feito inimizade com outros. Tenho tocado violão, mas ainda estou longe de você. Tenho cantado um pouco. As vezes jogo Donkey Kong. As vezes jogo o jogo da bicicletinha. Tenho acompanhado o futebol. Tenho cutucado as unhas. Continuo com aquele barulho estranho no maxilar, continuo estralando os dedos, mas com uma frequência bem menor agora. Ninguém mais acha meu pé bonito. Mas ainda tenho apelidos fofinhos. Ninguém mais ri de Romaria comigo. Ninguém mais vê graça na propaganda do Whiskas e ninguém dança comigo no supermercado.

Ainda choro nos filmes, nos que eu não durmo na metade. Mas tenho chorado com as coisas da vida, do universo e tudo mais.
Tenho me divertido muito, mas tenho amado pouco. Tenho sofrido um bocado, assim é a vida, mas tenho aprendido muito. E brega que sou, cito o rei: "o importante é que emoções eu vivi"

Tenho passado finais de semana imprevisíveis. Por vezes só, imensamente só. Outras rodeada de pessoas bacanas. Outras ainda com pessoas que talvez eu preferia não estar. Não tenho viajado muito, mas um dia hei de.... Ainda não tirei a carta de motorista. Ainda não tirei o passaporte. Ainda não visitei o Zoológico. Ainda não estou rica. Ainda não aprendi a ser forte e colocar uma armadura em mim. Ainda sou frágil. Mas isso é relativo. Continuo tentando encarar tudo com bom humor. Continuo desiludida com muitas coisas. Continuo sendo muito caridosa e pouco ambiciosa. E isso continua nem sempre me fazendo bem, mas eu sou teimosa. Continuo teimosa. Estou aprendendo a cozinhar, mas ainda prefiro pizza maravilha com alho frito em cima. Ainda adoro sopa de feijão com calabresa, mas nunca mais comi.

Tenho pensado muito, sobre o que fui, o que vivi, o que vivo e o que quero viver.
E sei que nada é por acaso. Algo bom está por vir. Tem que estar!!!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sentimentos....

... são coisas por vezes ruins que quando você não quer de repente eles estão lá, tomando conta das suas atitudes, prendendo você jogada a um sofá, sem lavar a louça nem fazer o que deve ser feito.

E ai você começa a chorar como se o mundo fosse acabar por causa daquele sentimento que você não consegue tirar de jeito nenhum de dentro de si. Até se esgotarem as lágrimas, os motivos, as forças. Até vir o sono, a angústia, a sensação de impotência perante as pessoas e os sentimentos.









[segunda parte]
Alguns dias na vida eu me sinto mal, muito mal. Como todo mundo. Pelos mais diversos e esperáveis motivos. Enfim... existem duas coisas que me fazem me sentir melhor: tomar um banho e ouvir uma música beeeem alegre que por sorte tocou na rádio, e receber mensagens dos amigos querendo me ver. Amo vocês, amigos



Em breve um post de verdade.
(esse post tbm não teve rascunho)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O post feito sem rascunho.

Já não vejo mais graça na embriaguez. Até estar embriagado soa chato e irritante a mim.

Não há mais risadas, sedução, bobeira. A alegria, mesmo aquela momentânea e intensa... já não vem mais a mim.

Já não vejo mais graça em mim. Nem mesmo a embriaguez traz aquela boa e velha sensação de que é possível conquistar o mundo com os olhos.
Já não sinto mais meu olhar como um olhar sedutível. Já não sinto mais minhas palavras com o mesmo encanto. Já não ouço mais minha voz (esta por sinal que eu considero o que tenho de melhor) como algo bonito, apaixonável.

Eu me tirei do quadro de pessoas que se relacionam afetivamente com outras. Saí de cena.





P.S.: post feito naturalmente, em um momento de embriaguez. Mas aquela embriaguez sóbria.

sábado, 25 de julho de 2009

Do frio (e do calor) que eu passei hoje.

(...só um desabafo)

Ao sair para o trabalho, não havia notado o frio que aquele dia iria proporcionar aos paulistanos naquela sexta-feira de julho. Isto por que segunda e terça era um sol maravilhoso; enquanto quarta e quinta estava mais chuvoso, entretanto sem o frio.

Mas ele veio, cortando o meu rosto como agulhadas a medida que eu andava na rua. Não andei mais que 10 minutos na rua, mas pareceu uma travessia por um deserto gelado. No ambiente de trabalho, esqueci-me da temperatura que estava na rua, ainda na esperança do vento cessar, da chuva parar assim como aconteceu nos dias anteriores.

Quando saí do trabalho notei quão despreparada para a chuva eu estava. Sem guarda chuva nem agasalho suficiente, tomei chuva, vento gelado até eu chegar em casa e colocar uma roupa bem quentinha. Coloquei uma roupa de forma que eu não passasse mais frio nessa tarde, e saí pra resolver mil coisas que ainda precisavam ser feitas nessa sexta-feira de inverno.


E já era noite, quando um homem na rua me parou, pedindo esmola e falou o seguinte:

"Compra um leite pra mim moça, eu não vou conseguir me sentir quente como você deve estar se sentindo. Eu só tenho isso"

Aí eu olhei para o moletom surrado dele. Olhei para as chinelas havaianas dele no chão gelado e molhado de chuva. Olhei para as mãos sujas dele em direção às minhas;

Olhei para mim, minhas botas, meu cachecol, meu sobretudo, minha meia quente.

Lembrei da tarde em que passei frio, tomei chuva e molhei meus pés. Eu fiquei com frio, com raiva do frio e das minhas condições de trasnsporte. Mas só até o tempo de eu chegar em casa e tomar meu banho quentinho pra colocar a meia, o casaco, o cachecol. E quanto a ele? O homem com as mãos sujas apontando para mim? E os pés dele? Devem estar congelando.


Nem todos vão acabar seu dia em um lindo edredon onde o vento não alcança. Inverno é gostoso pra quem pode ficar vendo pela tv quantas pessoas morrem de frio e de fome na rua.

Isso mudou a minha forma de encarar meu dia.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Do papel amassado encontrado no fundo da mochila...

Cá estou eu, em um cartório. Tirando cópias autenticadas para fins de um plano que, quiçá dará certo, e trará uma nova esperança em minha vida.
Um porém é que eu perdi meu RG. Duas coisas que estavam comigo e hoje não estão mais: meu celular, brutalmente arrancado de minhas mãos, e minha identidade.

E em mais uma das minhas toscas metáforas fiquei pensando no que sou e no que tenho sido nos últimos meses. Perdi minha identidade. Sou só alguém meio sem rumo, só alguém meio sem fé, só alguém meio só.

Eis que hoje abro meu estojo. Há tempos não abria meu estojo pois tenho marca textos e canetas jogadas num bolso da mochila. E lá estava ela, minha identidade em um estojo velho com lapiseiras e canetas que eu usava quando possuía mais o costume de escrever.

Voltarei a escrever.




P.S.:
Tudo que eu vejo nos últimos tempos eu fico embutindo uma metáfora, por mais piegas que isso seja, é instintivo, não faço isso de propósito. Perdi o controle remoto, depois o encontrei achando que tudo melhoraria. Talvez seja a hora de parar de tentar ler tudo nas entrelinhas e passar a observar melhor a realidade. Como ela é. Nua, crua e sem sal.

terça-feira, 26 de maio de 2009

 Marcelo Camelo - Mais Tarde


Ontem no pocket show do Camelo notei que ele tem olheiras. E que a camiseta dele tinha um furo embaixo do braço.

Isso me fez pensar e me aproximou do mundo artístico que a gente constrói tão poeticamente como se eles fossem Ets.

sábado, 23 de maio de 2009

"Isso lá é bom?"

(leia ouvindo... ouça lendo:)

 Yann Tiersen - Comptine d'un Autre été



A minha propósta aqui, hoje, é refletir quão bom é ou não estarmos sozinhos. Não digo durante a vida inteira, pois aí entraria uma questão muito filosófica/ sociológica e seria necessário colocar Nietzsche e Durkheim em pauta - coisa que não cabe na minha linha de pensamento.

As vezes a gente procura alguém simplesmente pra passar o sábado a noite em companhia ou a manhã de domingo. E esse dia vira um pesar na vida de muita gente que de repente se vê sozinho assistindo a super-estréia do Telecine Premium comendo pipoca com manteiga e tomando Pepsi twist. E pensar muito nisso chega a ser desesperador.

Consigo mesma, a pessoa não precisa se preocupar em levar conversas a algum rumo, puxar assunto, resolver parar de beber pra não passar vergonha, usar maquiagem,
falar sobre assuntos que a tornem interessante ou não. Sem hipocrisia, é apenas a pessoa e a realidade.



Ao sabor do vento, ando pela rua de acordo com minha própria vontade, para fazer qualquer coisa que eu decida, refletindo se o Durkheim realmente tem razão sobre a Vida, o Universo e tudo mais....

Dois fortes aliados: a boa música em conexão com os pensamentos me fazem pensar que nada tenho a temer, nem mesmo o mais gélido vento contra o meu rosto. A música, os passos, o vento e os pensamentos correndo...














Sim.

terça-feira, 12 de maio de 2009

coisas bobas...


Ao depilar a sobrancelha (pudera eu ser homem nesses momentos) costumo utilizar o método da cera quente. Naturalmente, a dor é maior, entretanto é menos duradoura e é menos irritante do que utilizar a pinça.

Então semana passada eu fui tirar a sobrancelha (ou um pedaço dela, rs) e resolvi que ia fazer com a pinça. Disseram que o resultado é melhor e mais bonito. Como nunca tinha feito, fui pagar pra ver.

Paguei caro. A princípio eu tinha vontade de matar a mulher com aquilo cutucando meu rosto. Depois de um tempo só tinha vontade de estrangular mesmo. Passados mais alguns momentos eu só queria estar em outra situação, outra vida, outra sensação.

Duraram alguns minutos, poucos talvez. Mas Einstein já dizia: tudo é relativo. Principalmente o tempo quando há alguém arrancando seu couro pêlo-por-pêlo (com acento, a nova ortografia ainda não chegou no meu dicionário! [mal a velha chegou...] )

Passou um tempo e eu comecei a me acostumar com a dorzinha irritante da pinça e chegou uma hora q era só uma dor de cabeça que estava ali naqueles breves-eternos minutos.

Até ontem mentalizava postar aqui a respeito desse assunto. Meu post (de ontem) pararia aqui, e eu diria no final que fazer a sobrancelha com a pinça dói, mas no fim das contas a gente agüenta a dor por mais algum tempo. Mas então hoje mesmo comecei a pensar no porque eu tinha feito isso? Nem ficou tão melhor que a depilação com cera quente. Foi só mais dolorido mesmo. Foi só a dor latente e prolongada. Contudo mudei de opinião quase agora.

Hoje então fica o pensamento de que fazer a sobrancelha com cera é melhor do que com a pinça. Melhor acabar logo com a tortura, que ficar remoendo pelinho por pelinho, não é mesmo?


 Los Hermanos - Pois é







P.S.: Será que ver essas metáforas bobas e piegas são distúrbios no meu cérebro que vive em um conto de fadas que em todas as coisas cotidianas quer achar um moral? Ou será que é sanidade demais?

Aguardem! Mais metáforas cafonas em breve, mas levem em consideração que eu desaprendi a escrever. Agora só leio! E ouço! E falo!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O novo de novo!

Olá pessoas que ainda não visitam esse blog, mas que um dia visitarão... E mais uma vez depois de apenas uns 4 posts no esclerotica.blogger.com.br eu já estou de blog novo. Mas tenho explicação!

Perdi a senha do blogger e a fucking globo.com atrapalhou a minha vida quanto a isso. Inclusive agora sequer posso apagar meu blog.

Enfim. Mais um espaço para a mesma mente inquieta.

Até!


P.S.: Coloquei esse nome no blog com uma super-ajuda do Arthur e eu gostei pq é um palíndromo divertido.

P.S.2.: playstation!!!!! rs.... eh.... ainda estou em fase de arrumação ok!?