segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre limites de caracteres e o quanto presta-se atenção no que o outro diz

Esses dias estive pensando no quanto eu presto atenção no que os outros me dizem. E eu não estou falando apenas de conselhos. Mas se eu ouço realmente as coisas que meus amigos e parentes me falam sobre suas próprias vidas. Eu estou ouvindo? Eu estou prestando atenção? Até que ponto?

E as coisas que eu digo, as minhas histórias? Seriam elas interessantes? Eu me faço ser entendida? As pessoas realmente ouvem a mensagem que eu quero passar quando digo algo? Vejo reações diversas que nem sempre demonstram que a pessoa entendeu, ou fez questão de entender o que eu disse, ou simplesmente que fez questão de ouvir e se distrair, se deixar rir.

E porque que agora está tão na moda escrever em um curto espaço (atualização de orkut, facebook, twitter, etc)?? Será que ninguém mais tem paciência para ler mais que uma frase de 140 caracteres sobre o outro? E a gente vai de 140 em 140 se distraindo com outras coisas, lendo outras bobagens, escrevendo alguns outros 140. Será que não somos mais capazes de parar e ficar meia hora, quinze minutos ouvindo, lendo, simplesmente compartilhando sobre a vida das pessoas que estão próximas (ou não) a nós? (Fui colocar esse texto no facebook e não consegui, limites de caracteres, é claro.. E apesar de eu ser superadepta aos blogs penso que o alcance não é o mesmo dos outros meios de comunicação. E se for talvez eu que não saiba que estou sendo ouvida)

Temo que a vida me torne solitária e que nada me interesse sem ser minha própria vida. E o pior... que ninguém se interesse no que eu tenho a dizer sobre minha vida. E que no fim das contas os diálogos sejam uma pessoa falando e a outra fingindo que está ouvindo mas no fim das contas cada um está pensando apenas no que vai comer no jantar....

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Metalingüisticamente falando...

Olá, fiquei feliz com o "sucesso" de meu último post e resolvi colocar algo novo, como estava sem idéias para escrever dei uma folheada pela minha agenda e meu caderno. Achei coisas legais, que talvez seja legal guardar aqui pra posteridade. Aí vai!
 
De repente senti uma vontade de escrever qualquer coisa e deixar meus dedos fluírem no papel, e não no teclado. É bom ver as letrinhas caprichosamente se formando no papel, tentando desesperadamente fazer uma poesia, ou uma música, um texto bonito ou apenas algum sentido que signifique alguma coisa para alguém.
Ao abrir minha agenda encontrei um monte de contas a pagar e tarefas a cumprir. O que será que acontece com nosso instinto escritor, de escrever poemas, músicas, se indignar com tudo e todos e escrever com todo o coração?
Poeta nunca fui, mas as vezes arrisco. Sempre tive medo de divulgar as coisas que escrevo, pois tenho um péssimo hábito de me importar muito com o que os outros pensam e dizem sobre mim, especialmente sobre o que escrevo. Porém desta vez farei algo inédito: Colocarei aqui, para daqui alguns anos eu conseguir acessar de novo e dar umas risadas de mim mesma, um singelo poema escrito em meio a uma aula de política:


Que bom é
Quando é dia de São José
E ficamos todos de pé
Exercitamos nossa fé

Pedimos: na mesa pão e café
E ajude nosso filho José
Pois pra escola ele vai a pé
A pobreza brincadeira não é
E o dinheiro nesse poema não rima.



Bom, é isso encerro aqui minha carreira de poeta. Achei outros poeminhas, mas é tão bobo, eu rimei "pergunto" com "presunto", então melhor eu deixar quieto. Quando eu pensar em algo legal eu posto de novo! Ou não!
beijos, tchau!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Loucuras particulares

Hoje eu estava pensando naquelas coisas que só eu gosto. Não sei se isso acontece com todo mundo por isso eu considero uma loucura meio que particular. E todo mundo deve ter esses gostos, nem sempre secretos, mas únicos e exclusivos.
Sabe quando alguém te para na rua e fala "Moça, onde fica a rua tal?"

Eu olho de soslaio para ver quais outras pessoas tem próximas a mim e ai fico pensando "Porque será que ela perguntou pra mim e não para aquela mulher tão bem arrumada que está passando também?" ou também eu me pergunto "porque não perguntou para o homem de terno do outro lado da rua?".... E fico me sentindo bem pois acabo constatando que eu não represento uma pessoa perigosa, de quem as pessoas teriam medo, e também não represento alguém solta, perdida no mundo, aparento ser alguém que sabe o chão que está pisando, que sabe por onde anda.

Depois de massagear o ego com uma coisa tão boba, eu já penso em todos os trajetos pra levar aquela pessoa pra tal lugar. E falo, com uma voz de detentora de toda a informação do mundo, os possíveis trajetos e quais os pontos de referência que a pessoa encontratá pelo caminho para ela não se sentir perdida. Por exemplo: Eu digo "Vc vai virar a esquerda, seguir em frente até ver o banco do brasil, depois vire a direita, depois da escola de inglês e do farol vc vira a direita, de lá você já vai ver uma farmácia, e chegou."

Ok, nem sempre isso ajuda, pq as vezes a pessoa se perde mais ainda com o monte de informações, mas se a pessoa tem boa memória ou papel e caneta, tudo vai dar absolutamente certo.

Então eu fico me sentindo importante pois sei que aquela pessoa vai seguir o caminho que eu guiei, eu a instruí para seguir tais ruas e tais atalhos. Eu disse a essa pessoa o que fazer e eu a fiz sentir-se segura ao ponto de ir confiando na minha palavra, mesmo sem me conhecer. Afinal, quando alguém te dá uma informação na rua e você não sentiu muita segurança no que essa pessoa falou, o que você faz? Pergunta pra outra pessoa na rua, ou então fica com vergonha e faz o caminho errado, xingando mentalmente o tempo inteiro a pessoa que deu informação errada.

O que eu não entendo, que foi a dúvida que me fez ficar pensando e me fez pensar nesse post que eu escrevo agora, é... porque raios os cobradores de ônibus tem taaaanta má vontade em responder informações de trajetos? Sim, eles ficam o tempo inteiro ouvindo essas pergutinhas, e devem ser as mesmas, mas a maioria nem olha na cara das pessoas. Já vi alguns bem simpáticos, mas a maioria tem um humor de ogro faminto, sei lá.

As pessoas perguntam pro cobrador por considerarem que ele é o cara que melhor conhece aquele caminho e ele mal responde ou fala que quando chegar o ponto ele avisa, mas aí ele não avisa nada! E fica tudo por isso mesmo, pessoas perdidas, cobradores emburrados, e menininhas prestativas como eu ficam alegres por responder e conseguir ajudar alguém, de alguma forma....

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Feliz mês novo!

Começou o oitavo mês desse ano que tem sido tão gostoso pra mim. Esse mês eu começo bem pobre, mas estou praticamente lisa de dívidas. Vi uma tirinha do meu saudoso amigo Cayo, e me identifiquei bastante, pois semana passada eu fui ao banco fechar uma conta que já estava meio negativa, então a coisa ficou preta.

By Cayo Candido

E agora, semestre novo dívidas novas. Tomara que esse não acabe assim também, rs.