quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nossa mania de julgar.

A gente julga tudo e todos, ainda mais agora nessa era de facebook. Passamos o tempo todo julgando os outros, seja através de indiretas ou mesmo por notícias de jornais.


A gente julga quem escreve "agente" e logo depois escrevemos que estamos "anciosos". Tem muita coisa na língua portuguesa que não sabemos ao certo e pode ter certeza que todo mundo que fala " é muito brega escrever agente" ao mesmo tempo vive errando alguma outra palavra. Ou outras milhares de palavras.

A gente julga quem está fazendo protestos, julgamos dizendo-os maconheiros, desocupados, porque não trabalham para conseguirem o que querem? E ao mesmo tempo nos entristecemos vendo as coisas que NÓS consideramos erradas mas não tiramos a bunda do sofá para tentar mudar.

Todo mundo canta "Polícia para quem precisa de polícia" mas quem quer discutir isso mesmo, sem estar cheio de armaduras "malditos vagabundos que não pagam faculdade"?

Torcemos pela primavera árabe, concordamos com o Occupy Wall Street, mas reclamamos quando alguns estudantes estão protestando em uma avenida movimentada, pois aí "ferra com o trânsito da cidade". Reclamamos do preço do ônibus, mas ficamos putos quando tem passeata contra o aumento da passagem, pois aí atrasa em 45 minutos a trajetória para ir para casa assistir a novela e não pensar em nada disso.

Ou pior, o que eu cansei de ver diante dos últimos acontecimentos: A gente julga quem protesta algo que acha certo, enquanto em madrugadas de final de semana nos juntamos para fumar unzinho e xingamos a polícia pelas costas.


A gente julga que "antigamente as redes sociais prestavam, agora veio esse povão estragar tudo". A palavra "orkutização" na minha cabeça, parece um pouco com "favelização" sabe? Tipo quando os "pobres" começaram a ter acesso a internet. A mim o preconceito soa da mesma forma.


Nós julgamos tudo, julgamos as mulheres que postam fotos com textos melindrosos sobre um dia finalmente encontrar o amor, e ao mesmo tempo postamos fotos machistas, com piadas de mau-gosto. Em outro lado há alguém julgando as fotos machistas, enquanto vive postando os textos enormes sobre amor.


Julgamos quem joga joguinhos no facebook. E ao mesmo tempo ficamos de meia em meia hora verificando o facebook, brincando de cuidar da vida dos outros e comentar a vida dos outros, as fotos, as imagens, os desabafos, tudo.

Julgamos quem posta sobre deus, e enquanto isso postamos o quanto esse tal "Deus" que as pessoas acreditam é injusto pois tem muita coisa errada no mundo. Julgamos a fé, e ainda queremos desacatar a maior fé que os outros tem. Ao mesmo tempo reclamamos dos malditos ateus enquanto bombardeamos nossos amigos sobre nosso "amor a Deus".


Nós julgamos tudo e todos o tempo todo, reclamamos de fumantes e depois compramos um carro que emite 200 vezes mais poluentes. Parece que estamos ficando velhos, e o facebook virou uma central de reclamações.

Desejamos a morte dos cantores que não gostamos, julgamos até mesmo pessoas que não conhecemos. Somos todos perfeitos e nosso mural sim, só tem coisas bacanas.
Nem vou entrar no quesito fotos de animais espancados, crianças perdidas, pessoas doentes que precisam de ajuda.

Essa tal de liberdade de expressão ainda vai dar o que falar....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Adolescência


Eu passei a minha adolescência inteira com um certo medo e nunca tinha me dado conta de uma coisa:

Todas as meninas são iguais.

Esses dias eu estava em um ambiente cheio de meninos e meninas que devem ter perto dos seus 17 anos, fiquei cerca de quarenta minutos e vi várias pessoas seguindo um certo "padrão de comportamento". O batonzinho, o cabelo, a saia curta; o charminho para provocar os meninos, o jeito de falar "Aaaaai". A desculpa para encostar a mão no ombro dos meninos (mas só aqueles 'populares' - que também são todos iguais, mas não vem ao caso agora).

Em todas as escolas e baladinhas tem milhares de meninas assim, rindo alto para os corredores as olharem e cobiçarem.

Elas entram no banheiro correndo para retocar a maquiagem e quando chegam em casa correm para ver quantos comentários suas fotos tiveram no facebook. Quantas pessoas disseram "que gatinhaaa"

Pensando bem agora, acredito que eu tive sorte de ter fugido de ser um "padrão de beleza" no meu ciclo social, assim como grande parte dos meus amigos, criei um estilo um pouco mais livre e verdadeiramente meu, longe de toda essa mesmice.

Não vivemos em "1984" e nem no "Admirável mundo novo", mas ainda assim, todo mundo está igual, repetindo roupas, maquiagens, cabelos, frases no status do facebook. Tá tudo padronizado.

terça-feira, 7 de junho de 2011

"Que dá medo do medo que dá!"


Tudo parece difícil nesse momento. 
Ao mesmo tempo que eu estou feliz, penso se a luta é em vão. Preocupo-me. 
Temo que o futuro me traga mais do trailer que eu já vi. Desespero-me. 
Coloco em minha cabeça que o importante é seguir em frente. Despeço-me. 

Despeço-me do passado como se eu não fosse (e não sou mesmo!!) capaz de imaginar como as pessoas reagirão diante das coisas, diante dos fatos. Espero um futuro melhor. Sonho. 

Não sou a pessoa mais religiosa do mundo, porém esses dias tenho pensado muito que tem um cara (ou uma força superior) muito brincalhão lá em cima fazendo de mim uma piada. Mas também acho que ele deve estar pensando que apesar de muitas situações bem difíceis eu continuei ali, firme e forte, pronta para seguir em frente, sem medo de ser feliz, ou infeliz. E talvez nesse momento ele pense que eu já passei por muitos perrengues, hora de aproveitar, de ser feliz. Chega de coisa ruim. 


Cadê aquela máquina de apagar um pedaço da memória do "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"? 


"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não há termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez, sem preparação. É como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas, o que pode valer a vida, se o ensaio da vida já é a própria vida?”

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Olhares

Fotos que eu tirei de dentro do ônibus (só poderia ser, rs) com a câmera do celular. (Clique para ampliar)


"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome...."


Nuvens
Largo do Belém




Pessoas me olhando meio esquisito.





Praça da Sé


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aos bons momentos

Eis que veio uma boa semana. Rir à toa, aproveitar o lugar e o momento. Conseguir ver graça em si mesmo e ver poesia no cotidiano, na rua, em casa.

É fácil falar "Carpe Diem". Fica mais complexo quando todos os problemas martelam na sua cabeça o tempo todo. Mas esse final de semana eles deram uma trégua, talvez pensaram "pobre menina, vamos deixá-la relaxar um pouco".

Quantas vezes na vida nós nos permitimos a felicidade sem tentar controlar tudo ao nosso redor? Sem ficar aquele pequeno aperto da dúvida, do "Será?"

Claro que é ilusório, os problemas voltam no dia seguinte, na verdade eles sequer foram embora, porém se pudermos, por alguns momentos, encarar a vida de forma mais simples, aproveitar o final de semana, pois os problemas não vão ser resolvidos em uma tarde de domingo, ou em um sábado a noite, talvez quando for a hora de pensar em resolvê-los a nossa mente estará muito mais apta a aceitá-los e encarar com um humor muito melhor.




"Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino..."


Gosto muito do girassol. Talvez eu compre um vaso mais tarde pra me animar.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Somos quem podemos ser

Chega um dia em que tudo parece desmoronar e eis que não é mais possível disfarçar. Simplesmente passar uma maquiagem para as espinhas não aparecerem já não é mais uma opção.

E na verdade nem deve ser assim. Não sei porque nos foi imposto que temos que passar uma boa impressão de dedicação e esforço. O problema é quando o esforço é por uma causa que não é verídica. Ou que não é verdadeiramente nossa.

Assusta a idéia de repentinamente correr contra a corrente. E apavora a idéia de ver pessoas desapontadas. Ao mesmo tempo deprime seguir em favor da corrente, empurrando com a barriga.

A palavra do dia é liberdade e não trair a mim mesma, independente do que for.



"Somos o que há de melhor
Somos o que dá pra fazer
O que não dá pra evitar
... e não se pode escolher"

quinta-feira, 10 de março de 2011

Hoje é pra você.

Enquanto eu ia para o trabalho, hoje, ouvi a música do Renato Russo, e fiquei bastante pensativa. Eu me identifiquei plenamente com a música. Eu poderia tê-la escrito facilmente, agora, em 2011.

É como se Legião Urbana fosse universal, todo mundo gosta, mesmo quem nasceu após a morte do Renato, consegue entender do que ele está falando. Eu cresci ouvindo músicas dele, tanto em casa, quanto nas aulas de português, interpretação de texto,etc.

E a música que tocou na rádio hoje me deixou bem humorada, leve, e me fez pensar em você.

"Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs"


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

o cachorro e a chuva

Esse é um cachorro que, assim como eu, esperava passar a forte chuva que caía ontem, na estação de metrô. Ele estava um pouco inquieto e desorientado, então sentou-se aí e ficou simplesmente olhando para a chuva.

Além de eu ter gostado muito dele por ele ser bem bonito e simpático, eu me identifiquei, pois perante a tempestade eu não sei muito bem o que fazer, então fico observando enquanto tento armar um plano para sair daqui.




Uma hora essa chuva passa.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

enjoy the silence

Buscamos sempre explicações, e nessa ânsia de entender as palavras vão fluindo dos nossos pensamentos...

Para tudo poderíamos escrever um texto, um livro, para quem sabe entender uma situação, um sentimento. Para nos sentirmos felizes, ou ainda curtimos um momento. Até mesmo quando não sentimos nada, ou quando sentimos algo muito ruim.

Há sempre um grande monólogo, diálogo, uma discussão sobre algo. Uma redação, uma agenda com todos os sonhos despedaçados lá dentro.


Mas sabe o que eu acho??
Todo esse blablabla sobre nós mesmos, isso inclui esse blog cheio de dramas cotidianos e medos do futuro, tudo isso é tão inútil e supérfluo.

Pois de repente todas as suas incertezas podem ir embora. E todas as certezas podem se esvair também.

As coisas mais intensas são simplesmente intraduzíveis para palavras e podem durar segundos que eu gostaria de guardar em uma caixinha essa sensação para ninguém tirar de mim. De nós.




Sabe aquele carinho bem leve antes de dormir? Totalmente despretensioso, mas cheio de cuidado.
Quando os dedos acariciam os pelos do seu braço de forma que todos os pelos podem ser sentidos?

Muda toda a perspectiva. De qualquer coisa.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Eu tinha me comprometido comigo mesma a ser mais frequente com as postagens e, pelo menos nesta semana, foi tudo conforme o planejado.


Hoje gostaria de postar uma imagem, pois entre meus planos de postar mais eu planejava postar 1 imagem por semana e também um vídeo com uma música e tal.

Então, a partir de hoje, às quintas feitas eu posto a "Imagem de quinta" rs. Começo com uma foto que eu vi enquanto lia jornal e achei bem bonita.


Imagem do fotógrafo australiano Adam Pretty ganhou o 1º primeiro prêmio na categoria Reportagens de Esportes na 54ª edição do Prêmio World Press de Fotografia. A fotografia mostra Thomas Daley, da Grã-Bretanha, competindo no trampolim de 3m nos Jogos Olímpicos da Juventude em Singapura

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Valentim.

Hoje é Valentine´s Day, eu não sou muito a favor de ficar cultuando essas datas norte-americanas, ainda mais porque a maioria das pessoas não lembram do dia do folclore brasileiro (22 de agosto, no ensino fundamental tínhamos que pintar o curupira nessa data, rs.). Porém não podemos negar que sempre vemos o Valentine´s Day por aí em filmes e desenho, enquanto dia do folclore não vemos em nenhum lugar.



Claro que há toda a discussão sobre a grande influência da cultura norte-americana, quão dominante ela é atualmente, ainda mais com relação ao que assistimos pela televisão ou pelo cinema, ouvimos na rádio e tudo mais. Porém eu não quero discutir isso agora. Fato é que, em vários filmes, seriados e desenho, o que eu lembro que mais as pessoas ganhavam nesse dia, 14 de fevereiro, eram cartões, cartas, bilhetinhos de amor o dia inteiro. E não era só de namorados e namoradas. Tratava-se também de amigos, admiradores, pessoas que você não tinha coragem de falar que gostava. Era uma oportunidade de se declarar sem parecer ou ser brega.

Acho que essa é uma diferença do valentine´s day para o nosso 12 de junho. Inclusive dei uma pesquisada pq o dia de são valentim virou o dia dos namorados nesses lugares e aí eu achei algo q eu gostei, e vou copiar descaradamente aqui:


"O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens davam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes de partir, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”."
(Wikipédia)

Isso faz com que Valentine´s day não seja norte-americano e todo o post não faça mais sentido.

Mas não vou deixar de escrevê-lo por isso, pq afinal, eu não descobri o 14 de fevereiro com a frança ou a itália, não através da Europa, mas sim pelos filmes, seriados e desenhos norte-americanos.

...



Que seja.

A visão que eu tenho do Valentine´s day são pessoas que se gostam trocando palavras de carinho, bilhetes e tal. Se é isso que ocorre na vida real, eu já não sei, talvez meus amigos que moraram nos EUA podem dizer melhor. Mas pra mim, se é pra comemorar dia dos namorados, que não seja para gastar seu dinheiro em uma loja de shopping, mas sim para dar e receber carinho do seu valentine.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

sopro

Assim que acabei de ler o post abaixo senti um leve enjoo.

Fiquei cansada do que eu escrevo, querendo sempre me botar pra cima.

Acho que o momento em que eu estou mais no fundo é o momento em que o que escrevo sai muito melhor, porém são coisas que eu nem quero publicar para não ter a oportunidade de reler, ou também de alguém ler e se preocupar comigo.

Enfim...

Fiquei cansada da auto-ajuda.

Fiquei cansada de tentar achar motivos.

A vida é um sopro, devemos simplesmente ir, as vezes é vento, as vezes é chuva. Mas é o ar nos levando. Nada além disso.

Não quero mais mil explicações bonitinhas. É o que é. E é assim que vai ser e não nos resta nada a não ser ser o sopro de vida.

barreiras

As vezes acho tudo simplesmente muito difícil de conseguir.

Há uma barreira invisível que prende nossos pés, mas tudo isso é muito metafórico. Para mim é nítido. Aqueles momentos que você pensa “Eu não vou conseguir sair daqui”.

Lembra areia movediça. Eu nunca vi areia movediça sem ser nos filmes, mas tenho certeza que a sensação é parecida. Quando você quer ir pra frente ela te puxa pra baixo.
E aí fica a idéia de impotência do “Eu quero seguir em frente”, mas não conseguir.
É uma frustração notar a barreira. E sentir que não consegue continuar.

Por falar em areia movediça eu pensei naquilo que eu também vi em filmes, uma vez que eu nunca estive em areia movediça, que quando você está “sendo engolido” por ela, você não pode fazer movimentos bruscos senão afunda mais. Então o importante é se movimentar devagar, e uma idéia é boiar na areia movediça até seu corpo sair de lá. Depois vai rolando pra fora da areia.
Foi então que eu vi como a metáfora encaixou mesmo nisso tudo. Para mim, a barreira pode parecer intransponível, mas apenas precisamos ter calma, sem fazer movimentos bruscos, para depois quem sabe até usar a barreira em nosso favor.


"Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro." F. Sabino

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Geração faster food

Já repararam que antigamente, quando as pessoas estavam com fome mas estavam com preguiça de cozinhar, elas faziam um sanduíche ou um ovo mechido?

E hoje em dia??? A preguiça chega até no sanduíche, por isso que hoje existe o "Sanduíche congelado" pra vc não se dar o trabalho nem de colocar a carne e o queijo no meio do pão, pq já vem pronto.