Cá estou eu, em um cartório. Tirando cópias autenticadas para fins de um plano que, quiçá dará certo, e trará uma nova esperança em minha vida.
Um porém é que eu perdi meu RG. Duas coisas que estavam comigo e hoje não estão mais: meu celular, brutalmente arrancado de minhas mãos, e minha identidade.
E em mais uma das minhas toscas metáforas fiquei pensando no que sou e no que tenho sido nos últimos meses. Perdi minha identidade. Sou só alguém meio sem rumo, só alguém meio sem fé, só alguém meio só.
Eis que hoje abro meu estojo. Há tempos não abria meu estojo pois tenho marca textos e canetas jogadas num bolso da mochila. E lá estava ela, minha identidade em um estojo velho com lapiseiras e canetas que eu usava quando possuía mais o costume de escrever.
Voltarei a escrever.
P.S.:
Tudo que eu vejo nos últimos tempos eu fico embutindo uma metáfora, por mais piegas que isso seja, é instintivo, não faço isso de propósito. Perdi o controle remoto, depois o encontrei achando que tudo melhoraria. Talvez seja a hora de parar de tentar ler tudo nas entrelinhas e passar a observar melhor a realidade. Como ela é. Nua, crua e sem sal.
2 comentários:
Eu tava escrevendo um post justamente sobre isso. sobre os últimos meses e o quanto eu me perdi neles. a mesma essência sabe?
É foda... tem que o mundo mostrar que pode cair pra vc perceber que pode e deve fazer as coisas de outro jeito, mais pelo jeito que se é do que pela forma automatica e padrão que se pode ser.
hoje eu filosofei sobre como a escada rolante representa a ambição das pessoas, patty, nada pode ser pior que isso.
e como você, a zuliani e eu parecemos estar na mesma vibe, eu infiro, mesmo com essa pequena amostra, que isso é uma fase normal da vida.
bjo.
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